Afeto não é KPI: como (re)humanizar a liderança

Quem nos acompanha por aqui sabe: esse tema tem atravessado nossos conteúdos.
Falar sobre “Afeto não é KPI” não é slogan,  é um ato de coragem.

É desconfortável. É provocador.
E precisa ser.

Esse artigo é um convite. Um chamado.
Para você que ocupa uma cadeira de liderança e, talvez, não perceba o quanto a lógica da exaustão está colada à sua história, às suas práticas e ao seu time.

O discurso moderno, a prática exausta.

Você sente que gosta de trabalhar? Eu também gosto.
Mas e quando esse gosto vira a única forma de se sentir útil, valorizado, digno?
Quando a entrega vira sinônimo de existência — e o resto da vida vai ficando para depois?

Empresas dizem que saúde mental é prioridade.
Mas seguem promovendo metas inalcançáveis, jornadas sem pausa e culturas silenciosamente competitivas.

Líderes dizem:
“Alta performance exige sacrifício.”

Mas… e se essa crença estiver ultrapassada?
E se o verdadeiro indicador de sucesso for a qualidade do vínculo — não a velocidade da entrega?

 

O mito da performance: quando exaustão virou virtude

O mundo corporativo ainda premia quem “aguenta firme” — não quem sustenta vínculos.
Valorizamos o líder que resiste. Que “dá conta”.
Mesmo que esteja adoecido, emocionalmente isolado, agindo no automático.

Nessa lógica, sentir se torna fraqueza.
Pedir ajuda, então? Quase uma falha.

Mas essa cultura é uma herança.
De um modelo patriarcal, colonizador e obsoleto.
Que ensina que só existe valor onde há esforço excessivo, dor calada, métrica atingida.

E isso… adoece.
Cultura tóxica não se quebra com palestra.
Se quebra com consciência, formação e coragem para mudar.

 

Afeto não é KPI. Mas sustenta os números.

Líderes que sabem escutar, construir vínculos de confiança e legitimar o cuidado colhem resultados reais.

Veja o que estudos mostram:

  • Retenção: Empresas com lideranças empáticas têm 4,6 vezes mais probabilidade de reter talentos de alta performance (Forbes, 2021).

  • Inovação: Ambientes psicologicamente seguros aumentam a inovação em 76% (Google – Projeto Aristóteles).

  • Inclusão: Lideranças afetivas geram aumento de 50% na percepção de pertencimento de colaboradores minorizados (Deloitte, 2020).

  • Engajamento real: Culturas baseadas em cuidado reduzem burnout em até 36% (Harvard Business Review, 2022).

Afeto não é métrica. Mas transforma todas elas.
O líder que entende isso não é “bonzinho”. É estratégico. É visionário.

 

 E se o futuro da liderança for mais humano?

Estamos diante de uma transição. Uma ruptura de paradigma.

O líder do futuro não será aquele que comanda pelo medo — mas o que inspira por presença.
Não será o que entrega tudo — mas o que sustenta o que importa.

Características desse novo líder:

  • Cultiva escuta ativa, com tempo e intenção.

  • Tem consciência emocional e cuida de si como parte da gestão.

  • Cria ambiências cognitivas de pertencimento, reparação e criatividade.

  • Atua com coragem emocional: dá nome ao que sente, valida o que os outros vivem.

  • Toma decisões com base em ética, saúde e bem comum — não só em urgência.

Essa liderança se aprende.
Mas não em manuais.
Se aprende em escuta, vivência e mentoria com quem já trilha esse caminho.

 E se sua liderança puder ser um novo começo?

Na Rewire Life, acreditamos que cuidado é estratégia.
E que relações sustentáveis geram resultados sustentáveis.

Desenvolvemos mentorias, formações e consultorias que rompem com a cultura da exaustão e constroem culturas regenerativas, de verdade.

Se você chegou até aqui, talvez esse tema tenha te atravessado.
Talvez você esteja pronto(a) para transformar — em você, na sua equipe, na sua empresa.

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